Aguarde...

Saúde

Saúde

29 de Abril de 2025

Hipertensão: o mal silencioso que atinge mais de 38 milhões de brasileiros

Foto: Freepik

A hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, incluindo infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

No Brasil, estima-se que cerca de 38,1 milhões de pessoas vivam com a doença, segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). Apesar de ser historicamente mais comum entre idosos, estudos recentes apontam um aumento de casos entre jovens e adultos de meia-idade, muitas vezes relacionado ao sedentarismo e a hábitos alimentares inadequados.

O Dr. Bruno Caldas, médico coordenador da CER Ilha, unidade de emergência do Hospital Municipal Evandro Freire, destaca a gravidade da condição.

"A hipertensão é chamada de ‘assassina silenciosa’ porque, na maioria das vezes, não apresenta sintomas evidentes até que ocorra uma complicação grave, como um AVC ou um infarto", alerta o especialista.

Os riscos da automedicação em pacientes com Hipertensão Arterial

A automedicação é um comportamento comum entre pacientes com doenças crônicas, incluindo aqueles com hipertensão arterial. No entanto, essa prática pode acarretar sérios problemas à saúde, agravando o quadro clínico, reduzindo a eficácia do tratamento e aumentando o risco de eventos adversos.

"Um dos principais perigos da automedicação em hipertensos está na interação medicamentosa. Muitos fármacos de venda livre, como anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), descongestionantes e alguns analgésicos, podem elevar a pressão arterial ou reduzir a eficácia dos anti-hipertensivos” explica o médico.

Os AINEs, por exemplo, podem causar retenção de sódio e água, além de reduzir a síntese de prostaglandinas vasodilatadoras, levando a um aumento da pressão arterial e ao risco de insuficiência renal em pacientes predispostos.

Outro risco relevante, segundo o especialista, é a interrupção ou modificação do tratamento sem orientação médica.

"Alguns pacientes podem reduzir ou suspender a medicação anti-hipertensiva por conta própria ao perceberem melhora nos sintomas, ignorando que a hipertensão é uma condição frequentemente assintomática. Essa prática pode levar a crises hipertensivas e aumentar o risco de complicações cardiovasculares, como acidente vascular cerebral (AVC) e infarto do miocárdio", alerta.

Além disso, o uso indiscriminado de fitoterápicos e suplementos pode interferir no controle da pressão arterial.

"Substâncias como o alcaçuz, o ginseng e alguns chás possuem efeitos hipertensivos ou interações medicamentosas que podem comprometer a eficácia dos anti-hipertensivos", acrescenta o Dr. Bruno.
Diante desses riscos, o especialista reforça a importância de um acompanhamento médico adequado.

"É fundamental que pacientes com hipertensão arterial evitem a automedicação e sigam rigorosamente as prescrições médicas. A educação em saúde e o acompanhamento regular por um profissional são essenciais para garantir o controle adequado da pressão arterial e a prevenção de complicações graves", orienta.

Principais sintomas e quando procurar um médico

Embora a hipertensão muitas vezes seja assintomática, alguns sinais podem indicar que a pressão está elevada, como dores de cabeça frequentes, tontura, visão embaçada, palpitações e falta de ar.

"Caso a pessoa perceba esses sintomas de forma recorrente, é essencial procurar um médico para avaliar a pressão arterial", orienta o Dr. Bruno.

A recomendação é que adultos realizem aferições regulares da pressão, especialmente aqueles com histórico familiar da doença, diabetes, obesidade ou outros fatores de risco.

Como prevenir a hipertensão

A prevenção da hipertensão passa por mudanças no estilo de vida. O Dr. Bruno Caldas ressalta que hábitos saudáveis podem reduzir significativamente o risco de desenvolver a doença:

- Alimentação equilibrada: reduzir o consumo de sal, alimentos ultraprocessados e gordurosos, e aumentar a ingestão de frutas, verduras e alimentos ricos em potássio.

- Prática regular de atividade física: ao menos 150 minutos de exercícios moderados por semana.

- Controle do peso corporal: a obesidade é um dos principais fatores associados à hipertensão.

- Evitar o consumo excessivo de álcool e o tabagismo: o álcool em excesso e o cigarro aumentam a pressão arterial.

- Gerenciamento do estresse: técnicas como meditação, ioga e terapia podem ajudar no controle emocional.

 O alerta é claro: a prevenção e o acompanhamento são fundamentais para evitar complicações graves e preservar a qualidade de vida. "Com os cuidados adequados, é possível levar uma vida longa e saudável mesmo com a doença", finaliza o especialista.

Fonte: Comunicação, Marketing e Relacionamento

Saúde

Compartilhe essa notícia

SEDE CEJAM

Rua Dr. Lund,41, Liberdade, São Paulo, 01513-020
(11) 3469 - 1818

INSTITUTO CEJAM

Rua Dr. Lund, 41, Liberdade, São Paulo, 01513-020
(11) 3469 - 1818

CAIS Clemente Ferreira - Lins

Estrada Lins Guaiçara, Km 4 - s/n, Zona Rural, Lins, 16430-000
(14) 3533 - 1600

Prevenir é viver com qualidade!

O CEJAM quer ouvir você!
O CEJAM quer ouvir você!
Fechar
Escolha o que deseja fazer...
Informação
Denúncias
Elogio
Reclamação
Solicitação
Sugestão
Escolha uma opção...
Colaborador
Paciente
Ética, Complaice e Governça
Proteção de Dados-DPO
Redirecionando...
Voltar...
Contate a equipe de
Proteção de Dados (DPO) do CEJAM
Clique para enviar um e-mail.