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13 de Agosto de 2025

Introdução alimentar deve começar ainda durante a gestação, segundo especialista

A fase da introdução alimentar tem sido um dos principais desafios de pais, mães e bebês. Longe de ser apenas uma transição do leite para os sólidos, este período representa uma verdadeira aventura de descobertas sensoriais, nutricionais e emocionais, moldando os hábitos alimentares futuros da criança.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a amamentação exclusiva com leite materno até os seis meses de vida. A partir desse momento, é indicada a introdução de alimentos complementares - com pouco sal, açúcar e gordura - mantendo, no entanto, a amamentação até os dois anos de idade ou mais, como parte fundamental da alimentação da criança.

Segundo a pediatra Gabriela Oliani, da Santa Casa de São Roque, unidade administrada pelo CEJAM, em parceria com a prefeitura local, o processo pode ser menos frustrante e mais fácil se iniciado ainda durante a gestação.

“O desenvolvimento de hábitos alimentares saudáveis de uma criança começa, na verdade, dentro da barriga. Durante a gestação, o feto é exposto a moléculas palatáveis dos alimentos consumidos pela mãe, o que pode influenciar a aceitação de sabores no futuro e a relação da criança com o ato de se alimentar”, explica.

Dados do UNICEF revelam um cenário preocupante: quase 45% das crianças entre 6 meses e 2 anos não consomem frutas ou vegetais regularmente, alimentos fundamentais para o crescimento e o desenvolvimento saudável. A médica reforça que os primeiros dias e anos de vida são decisivos para a formação de bons hábitos. “A dica é que a mãe comece a estimular o paladar do bebê já durante os nove meses de gestação. Ou seja, para as mamães que não possuem hábitos saudáveis, a introdução alimentar precisa começar por elas”, brinca.

A especialista explica que a alimentação precisa ser vista para além da nutrição. “É um ato de vínculo, antes de tudo. Desde o nascimento, está associada à relação entre mãe e filho e ao convívio familiar. Por isso, além do estímulo do paladar da criança com alimentos saudáveis, é importante criar ainda um ambiente acolhedor e fazer com que o ato de se alimentar seja também um momento afetivo entre mãe, pai e filho”, afirma.

“Quando o momento da refeição é conturbado, sem rotina, marcado por pressões, recompensas ou punições, aumentam os riscos de fobias ou transtornos alimentares, e até mesmo problemas emocionais duradouros”, alerta Dra. Gabriela.

Embora a discussão sobre os métodos de introdução alimentar tenha ganhado força nos últimos anos, o cenário ainda é preocupante. Conforme o o Ministério da Saúde, a obesidade infantil afeta mais de 3,1 milhões de crianças com até 10 anos de idade no Brasil. O dado é reflexo da introdução precoce de alimentos industrializados, sucos adoçados e produtos ultraprocessados, pontua a especialista.

De acordo com a pediatra, tem crescido o número de crianças com sobrepeso internadas por outros problemas de saúde. Em muitos casos, as famílias enfrentam dificuldades para reconhecer excessos ou seguir orientações médicas, especialmente em contextos de vulnerabilidade social, onde o acesso a alimentos saudáveis pode ser limitado.

Ela destaca também que um desafio crescente é a exposição precoce das crianças às propagandas que promovem alimentos ultraprocessados e fast foods. “Esse tipo de publicidade influencia negativamente os hábitos alimentares não apenas das crianças, mas de toda a família, favorecendo o consumo de produtos com alto teor de açúcar, sal e gordura, que são os principais vilões da saúde.”

Além disso, o uso excessivo de telas como celulares, tablets e televisões tem sido apontado como um fator de risco. Diversos estudos indicam que o tempo prolongado em frente às telas está associado ao aumento do consumo de alimentos calóricos, à redução das horas de sono e à maior suscetibilidade a anúncios de produtos não saudáveis. "Por isso, sempre recomendamos que os pais limitem esse tempo a no máximo duas horas por dia, priorizando brincadeiras ao ar livre e atividades em grupo”, finaliza Dra. Gabriela.

Fonte: Comunicação, Marketing e Relacionamento

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