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08 de Agosto de 2025
Foto: Freepik
A notícia de que Lara, filha do cantor Júnior Lima com a modelo Mônica Benini, foi diagnosticada com síndrome nefrótica acendeu o alerta sobre uma condição rara e pouco conhecida, que pode afetar pessoas de todas as idades. A doença compromete o funcionamento dos rins e exige diagnóstico e tratamento rápidos para evitar complicações graves, como infecções, tromboses e até a necessidade de hemodiálise.
Segundo a Dra. Erika Fernandes Campos, nefrologista do Hospital Dia Campo Limpo, gerenciado pelo CEJAM em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo (SMS-SP), a síndrome nefrótica não é uma doença única, mas sim um conjunto de sinais e sintomas que indicam que algo não vai bem com os rins. O quadro é marcado pela perda intensa de proteínas pela urina, especialmente a albumina, o que provoca inchaços generalizados, urina espumosa e, muitas vezes, aumento da pressão arterial.
Embora não haja dados específicos sobre a prevalência no Brasil, segundo estimativas internacionais, a síndrome nefrótica idiopática (de causa desconhecida) tem uma incidência anual de aproximadamente 1 caso a cada 34 mil crianças, conforme dados do Orphanet - portal europeu de doenças raras. Já em adultos, a incidência é de cerca de 3 novos casos por 100 mil habitantes, por ano, segundo o National Institutes of Health (NIH), dos Estados Unidos.
“Embora rara, essa condição pode causar impactos graves à saúde se não for tratada de forma adequada. Por isso, é essencial que as pessoas fiquem atentas a sinais e busquem atendimento médico imediatamente”, orienta Dra. Erika.
O diagnóstico envolve exames de sangue e de urina, ultrassonografia e, em alguns casos, biópsia renal. O distúrbio pode ser provocado por doenças primárias dos rins ou estar relacionada a outras condições, como hepatites virais, sífilis, lúpus ou diabetes. “A síndrome nefrótica pode ser a manifestação de uma doença que o paciente ainda nem sabe que tem. Por isso, além de avaliar a função renal, investigamos infecções e outras causas sistêmicas que podem estar por trás da perda de proteína”, explica a médica.
A perda de proteína na urina compromete o sistema imunológico e aumenta o risco de infecções, como pneumonia e erisipela (infecção na pele). Também eleva o risco de trombose e pode causar queda da função renal. “Quanto mais cedo tratamos, maior a chance de evitar cicatrizes nos filtros renais e, com isso, preservar a função dos rins. Já nos casos em que há demora, essas cicatrizes podem se tornar permanentes, elevando o risco de hemodiálise no futuro”, alerta.
O tratamento inclui medicamentos que reduzem a perda de proteína, como os inibidores da ECA e os bloqueadores dos receptores da angiotensina. Quando a síndrome é secundária a outra doença, como hepatite B ou sífilis, tratar a causa principal pode resolver o quadro. Já nas doenças renais primárias, o tratamento geralmente envolve imunossupressores. “Hoje, temos medicamentos mais eficazes e com menos efeitos colaterais, que ajudam a preservar os rins. Mas, mesmo quando há melhora, falamos em remissão e não em cura, porque há risco de a doença voltar. Por isso, o acompanhamento com o nefrologista deve ser contínuo e multidisciplinar”, destaca a especialista do CEJAM.
Esse acompanhamento inclui ajustes na alimentação, com restrição de sódio, gordura e proteínas em excesso, além do suporte de nutricionistas e outros profissionais. Mesmo nos casos em que há remissão dos sintomas, o paciente deve seguir em monitoramento por toda a vida.
“A informação é o primeiro passo para o diagnóstico precoce. Em doenças raras como a síndrome nefrótica, conscientizar a população sobre os sintomas é fundamental para garantir um tratamento eficaz e melhores desfechos”, reforça a nefrologista.
Fonte: Comunicação, Marketing e Relacionamento
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