Por João Romano*

Com o avanço das tecnologias digitais e o aumento exponencial do volume de dados disponíveis na saúde pública, organizar e compartilhar essas informações tornou-se essencial para gestores, entidades técnico-científicas e a sociedade civil. Diante desse desafio, a área de Gestão da Informação em Saúde (GIS) do CEJAM se destaca como uma abordagem inovadora, cujo objetivo é otimizar o uso de recursos informacionais e facilitar o processo decisório, aprimorando a qualidade do atendimento, promovendo cuidados personalizados e utilizando os recursos de forma eficiente.

Historicamente, a saúde pública é estruturada em diferentes níveis de atenção, o que pode gerar fragmentação no fluxo de informações e impactar na qualidade do atendimento. A Gestão da Informação em Saúde do CEJAM propõe uma transformação no tradicional modelo fragmentado de monitoramento, integrando os diferentes níveis da Rede de Atenção à Saúde (RAS) e colocando o paciente no centro da jornada de cuidados. Por meio do uso de dados a ISDS busca antecipar as necessidades dos pacientes e oferecer um cuidado contínuo e coordenado.

Essa transformação é sustentada por uma equipe de especialistas altamente capacitados, com perfis que variam de cientistas de dados a designers de informação, além de uma base sólida de tecnologias e metodologias consagradas, como o SQL, R, Power BI. Essas ferramentas permitem que os dados oriundos de diversas fontes sejam convertidos em informações relevantes para a tomada de decisões estratégicas, baseadas em evidências.

Um dos principais produtos da Gestão da Informação em Saúde do CEJAM, que exemplifica essa transformação, é o sistema de monitoramento e dashboards "Florence", uma plataforma web de Business Intelligence (BI) que oferece uma visualização segura e estruturada dos projetos, respeitando os requisitos da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). Além de gerar relatórios automatizados e personalizados, a plataforma facilita o acompanhamento de indicadores essenciais para a Rede de Atenção à Saúde, como o monitoramento de pacientes com doenças crônicas (hipertensão, diabetes, obesidade, entre outros) e de usuários frequentes de serviços de urgência e emergência.

Essa solução tem gerado resultados relevantes na gestão da saúde pública, permitindo o monitoramento constante de indicadores, a identificação ágil de desvios e a antecipação de tendências e padrões, além de proporcionar uma base sólida para a implementação de melhorias contínuas nas unidades de saúde. O sucesso da GIS é impulsionado pela constante troca de conhecimento e inovação tecnológica, mantendo a área na vanguarda das soluções em estratégias de dados. Com uma abordagem integrada e focada na prevenção e cuidado contínuo, a GIS contribui diretamente para a nossa visão de excelência na gestão de saúde populacional.

Como gerente executivo do CEJAM, acompanho de perto o desenvolvimento e os resultados que a área de Gestão da Informação em Saúde tem fornecido. A integração de dados na gestão de saúde vai além de ser uma tendência; é uma necessidade. Esse sucesso é fruto do trabalho dedicado de todas as equipes envolvidas, e tenho orgulho de estar envolvido neste processo transformador que está redefinindo nosso papel como agentes de mudança no setor de saúde. Com a implementação de novas tecnologias, como aprendizado de máquina e inteligência artificial, teremos ainda mais ferramentas para análises preditivas e decisões assertivas.

O caminho para um sistema de saúde mais eficiente, focado no paciente e com um uso otimizado dos recursos já está traçado. À medida que avançamos nesta jornada de inovação, o CEJAM reafirma seu compromisso em fornecer cuidados mais acessíveis e de qualidade, contribuindo cada vez mais para o fortalecimento do SUS (Sistema Único de Saúde) e promovendo uma saúde pública mais inclusiva e equitativa para todos os brasileiros.

*João Romano é gerente executivo do CEJAM (Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”)

Fonte: Comunicação, Marketing e Relacionamento