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25 de Agosto de 2017

Deficientes visuais e auditivos mostram dificuldades e superação

Atualmente, no Brasil, há cerca de 6,5 milhões de deficientes visuais e quase 10 milhões de deficientes auditivos. Os números, ainda que expressivos, não são suficientemente capazes de demonstrar o que é a realidade para essas pessoas. A síndrome de Usher é uma doença rara e genética, que leva a perda parcial ou completa da visão e também da audição. Na represa Guarapiranga, em São Paulo, um grupo ensina portadores dessa doença a velejar. O aposentado Nelson Cordeiro e a vendedora Shirlei Caetano participam das aulas e adoram a experiência. Ele usa um aparelho auditivo e consegue ouvir alguns sons, mas não tem quase nada da visão. A síndrome afetou a visão, a audição e o olfato de Shirlei, que ainda escuta alguns sons com a ajuda de um aparelho. (A tadoma é uma técnica que, de acordo com a habilidade de cada pessoa, possibilita compreender através da articulação e da vibração da voz. Eu estava desesperada para me comunicar com a minha família), explica Claudia, que é coordenadora do Grupo Brasil. O casal mora sozinho e, quando vai fazer algo na rua, conta com a ajuda de uma intérprete. Implante coclear Scheila Alves, de Itajaí, Santa Catarina, chegou a São Paulo com a esperança de mudar a vida do filho Ruan, de dois anos, que recebeu um implante coclear. Durante a cirurgia, uma prótese foi instalada na parte interna do ouvido do menino, que nasceu com surdez e nunca tinha escutado nada. Emily Fernandes, de 14 anos, fez o implante coclear com a mesma idade do Ruan. Como o procedimento foi feito quando ainda era bebê, ela fala com pouco sotaque. Erika, mãe de Emily, também tem deficiência auditiva e fez a cirurgia já adulta, com 27 anos, por isso, fala com mais dificuldade: (Eu fiz porque eu queria ouvir melhor, para ter qualidade de vida). O pai de Emily também é surdo, fez o implante coclear com 38 anos, mas não se adaptou. Ele fala pouco e prefere se comunicar por sinais. Ele diz que está acostumado ao silêncio. A idade ideal para o implante em pessoa que nasceram surdas é até os três anos, depois a adaptação fica difícil. Reaprendendo a viver No dia a dia, a vida pode ser um desafio para quem perdeu a visão já na fase adulta. É preciso reaprender a fazer tarefas, como andar dentro da própria casa e cozinhar as refeições diárias. A ONG Adeva ensina como viver a partir desse momento, com aulas de mobilidade. (Eu tenho baixíssima visão, só vejo a claridade. Eu era cozinheira, mas não posso trabalhar mais. Até na família, as pessoas não me deixam fazer nada), conta emocionada Elisabete de Sousa. Elisabete perdeu a visão há apenas um ano e meio. Ela levou uma pancada na cabeça de um retrovisor de Ônibus e não se sabe se foi isso ou a diabetes que causou a cegueira. Ela mostra como reaprendeu a fazer as tarefas diárias sozinha após a perda da visão. Na vizinhança, ela consegue fazer tudo sozinha, pois lembra de tudo e usa muito a audição para ajudar. Veja no vídeo acima. Conheça mais as instituições que ajudam pessoas com deficiências auditivas e visuais: Grupo Brasil de Apoio ao Surdocego e ao Múltiplo Deficiente Sensorial
Rede de organizações e profissionais especializados que buscam promover a qualidade de vida e ampliação de serviços para pessoas surdocegas e com múltipla deficiência sensorial.
Onde: Rua Baltazar Lisboa, 212 - Vila Mariana - São Paulo
Telefone: (11) 5579.5438
Contato: Shirley Maia
Site: http://www.grupobrasil.org.br/
Quer ajudar? Manda um email para grupobrasil@grupobrasil.org.br

Associação de Deficientes Visuais e Amigos (Adeva)
Promove a inclusão de pessoas com deficiência visual na sociedade por meio do trabalho e ajuda na reabilitação de pessoas que perderam a visão recentemente.
Onde: Rua São Samuel, 174, Vila Mariana - São Paulo
Telefone: (11) 5084-6693
Site:www.adeva.org.br
Facebook: https://www.facebook.com/adeva1978/
Quer ajudar? Clique aqui e faça uma doação: www.adeva.org.br/comocolaborar/doacoes.php

Sailing Sense
Prática gratuita de vela adaptada para surdocegos e pessoas com deficiências físicas.
Onde: Represa da Guarapiranga ou Guarujá (SP)
Telefone: (11) 99393.8585
Contato: Miguel Olio
Email: sailingsense2007@gmail.com
Site:https://www.sailingsense.com.br/
Facebook:https://pt-br.facebook.com/sailingsense/

Fonte: g1

Deficiente Saúdavel Notícias

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