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22 de Setembro de 2017
A Maria Eduarda, de 12 anos, possui baixa visão e resolveu participar do curso para superar o medo e conseguir andar sozinha.(Minha maior dificuldade são as cores e andar sozinha para lugares longes), conta. A estudante Franciele Rocha também tem o sonho de ser independente na locomoção e diz que o curso está sendo muito importante. (Andar na rua mesmo é uma coisa que eu não faço sozinha, mas agora com as aulas, comecei a praticar e perder o medo para enfrentar esta dificuldade que eu sentia), detalha. O adolescente Lucas Eduardo, de 16 anos, perdeu a visão aos quatro anos por conta de uma catarata, mas com muita dedicação conseguiu superar as dificuldades de não poder enxergar e se adaptou a nova rotina. Atualmente ele treina judÔ e por já conseguir se locomover sem a ajuda de ninguém, ele auxilia aos outros deficientes visuais do curso. (Eu acho que a independência é tudo, então a partir da hora que a gente toma a frente e sai sozinho sem precisar de ninguém para estar te guiando, isso é muito importante. Então para quem está em casa e com medo de sair, não se limite ao medo e faça o curso com a gente para aprender a andar sozinho de forma segura para sentir a liberdade), destaca. A coordenadora Nilta Braga, explica que por possuir muitos obstáculos presentes nas ruas do município, os participantes caminham por locais onde enfrentam dificuldades para saberem conseguir superar os desafios encontrados no dia a dia. (Estamos realizando o curso há alguns dias e temos observado que existem muitos obstáculos que dificultam a locomoção, como a falta de acessibilidade no geral. Mas estamos trazendo eles para a dificuldade também, para que eles sintam como é cada obstáculo desse e consigam superá-los), destaca. A Érica Helena é psicóloga e trabalha há cerca de seis meses na prefeitura de Machadinho D""™Oeste (RO). Ela possui deficiência visual, e se deslocou até Ariquemes para participar do curso de locomoção e diz que a falta da visão não a impede de nada. (A gente tem que estar sempre buscando melhorar e aprender, porque para todo mundo é assim, mas para as pessoas com deficiência visual total ou baixa visão, a busca ainda é um pouco mais difícil devido à dificuldade de acessibilidade ou falta de recursos, mas não é impossível, tanto é que eu consegui me formar e outras meninas terminaram o ensino médio ingressarão na faculdade logo. Tudo é um caminho a ser percorrido e nunca se deve ficar em casa e sentir medo), salienta Érica.
Fonte: g1
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