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06 de Abril de 2015
Segundo a Lei, todo aluno com deficiência auditiva tem direto a uma educação bilíngue em sala de aula. Isso significa que a criança surda tem que aprender na escola, primeiro a língua de sinais, depois a portuguesa, na forma escrita. O problema é que nem toda escola pública está preparada para colocar isso em prática. A estudante Tatiane Silva tem 11 anos e vive a mesma situação que Maria Eduarda. A menina está na quinta série de uma escola municipal de São José do Rio Preto (SP) e ainda não sabe escrever direito. A tia de Tatiane Neuraci Silva se revolta coma falta de estrutura. (Essa nova lei de inclusão faz ela se distanciar dos outros alunos, porque ela não consegue aprender. Se tivesse alguém para poder passar para ela o que a professora ensina, ela conseguiria aprender), diz. Presidente da pastoral dos surdos de São Jose do Rio Preto, Leonor Bernardes Neves acredita que pelo menos a metade não tenha acesso a uma educação adequada. (Não está funcionando, não foi colocado em prática como deveria ser o aluno está mais excluído ainda), afirma a presidente da pastoral. Jaqueline Pandin é estudante e um exemplo de que só mesmo a força de vontade é capaz de reverter uma realidade tão difícil como esta. Ela tem 29 anos, é surda e está no terceiro ano de faculdade. A mãe dela Silvana Pandin precisou lutar incansavelmente para que a filha tivesse perspectiva de futuro. Hoje a sensação de orgulho, mas ela sabe que para muita gente concluir essa trajetória vai ser bem difícil. (Nós tivemos muitos desafios, são diversas dificuldades principalmente para eles que estão sendo recebidos pela inclusão, mas não sabem como isso está funcionando), conta.
Fonte: G1.com
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