Aguarde...

13 de Maio de 2015

Grávida, deficiente visual sente rosto do bebê impresso em 3D

Uma jovem mãe de São Vicente, no litoral de São Paulo, que tem baixa visão, conseguiu sentir na ponta dos dedos os detalhes do filho Murilo, que está no quinto mês da gestação, por meio do ultrassom 3D. Tatiana Guerra, que já tem uma filha de sete anos, não conseguiria conhecer os traços do filho se não fosse pela nova tecnologia. A sensação única ficará para sempre na lembrança dela.

Aos 17 anos, Tatiana começou a perder a visão e descobriu que tinha esclerose múltipla. Desde então, começou a apresentar sequelas a cada surto da doença. (Faço um tratamento para diminuir os surtos. Mas a cada surto que tenho, perco mais a visão). Por conta do problema, ela teve que se afastar do emprego de relações públicas.

Tatiana conheceu o empresário Jackson Souto e teve a primeira filha, Julia, hoje com sete anos. Como já estava perdendo a visão, teve a ajuda de várias pessoas. No entanto, muitas vezes ficava sozinha com a menina em casa. Em 2015, ela descobriu que seria mãe pela segunda vez. (Eu usava DIU, mas tirei e ia colocar outro. Entretanto, houve uma mudança de plano de saúde, e nesse meio tempo veio o Murilo. Foi uma surpresa), relata. A confirmação veio com um teste de farmácia, seguido de um ultrassom. Logo depois, ela já começou a fazer dois pré-natais, já que o parto é de alto risco, devido às medicações que ela precisa tomar.

Aos cinco meses de gravidez, ela passou por uma sensação que nunca imaginou sentir durante a gestação. Tatiana, que frequenta o Lar das Moças Cegas, foi chamada para participar do comercial de uma linha de produtos para bebês. Na ocasião, ela pôde fazer um ultrassom 3D, para identificar o sexo da criança. Tatiana recebeu então a notícia de que Murilo estava a caminho. (Fiquei muito feliz, chorei. Queria mesmo um menino para fazer um casal e fechar a fábrica), brinca.

O médico então perguntou como ela imaginava o bebê. Tatiana deu todos os detalhes e, em seguida, para sua surpresa, recebeu um gesso com o rosto do menino reproduzido e um recado em braile: (Eu sou seu filho). A emoção tomou conta da jovem mãe, assim que ela sentiu os detalhes do filho na ponta dos dedos.

(Eu não esperava, não sabia. Foi a mesma sensação que tive quando a Julia nasceu e o médico a colocou nos meus braços. Sempre perguntava para o médico se estava tudo bem, porque tomo remédios muito fortes. Tinha medo de ocorrer alguma má formação. Quando você faz um ultrassom, sabe que vai ver o bebê. Mas, no meu caso, sabia que não ia ver, tinha que perguntar. De repente, pude ver com as minhas mãos, foi emocionante. Consegui sentir onde estava o narizinho, a boquinha, a orelhinha), conta.

Tatiana tem cerca de 8% da visão e só consegue distinguir o claro do escuro. Daqui em diante, ela sabe que contará com a ajuda de amigos e familiares para cuidar de Julia e Murilo. E sabe também que irá acompanhar os passos dos filhos de forma diferente das outras pessoas. (Eu ficava chateada, a Julia fazia uma graça e todo mundo começava a rir, e eu não podia ver. Sentia muito isso e sei que vou sentir também com o Murilo), relata.

Agora, Tatiana sabe usar os outros sentidos para enxergar além do que muitos conseguem ver apenas com os olhos. (Sentir com as mãos, apalpar, ouvir bem o barulhinho dele, isso também aguça e desperta a minha imaginação. Se ele não for apressadinho, virá no dia 17 de agosto), conclui.

Fonte: revista Sentidos

Deficiente Saúdavel Notícias

Compartilhe essa notícia

SEDE CEJAM

Rua Dr. Lund,41, Liberdade, São Paulo, 01513-020
(11) 3469 - 1818

INSTITUTO CEJAM

Rua Dr. Lund, 41, Liberdade, São Paulo, 01513-020
(11) 3469 - 1818

Prevenir é viver com qualidade!

O CEJAM quer ouvir você!
O CEJAM quer ouvir você!
Fechar
Escolha o que deseja fazer...
Informação
Denúncias
Elogio
Reclamação
Solicitação
Sugestão
Escolha uma opção...
Colaborador
Paciente
Ética, Complaice e Governça
Proteção de Dados-DPO
Redirecionando...
Voltar...
Contate a equipe de
Proteção de Dados (DPO) do CEJAM
Clique para enviar um e-mail.