Aguarde...

11 de Maio de 2015

Mãe adotiva descobre deficiência do filho

O sonho de ser mãe para Daniellli Matos, de 39 anos, nunca desapareceu nem mesmo quando descobriu que ela e o marido teriam dificuldades de gerar filhos. Ela ainda tentou três inseminações antes de entrar na fila de adoção. Aí chegou Walter José, hoje com 9 anos. Meses depois, descobriu que o pequeno tinha uma deficiência. Passado o susto, ela entrou na fila de adoção de novo e, há um ano, a família cresceu com Ana Vitória, de 2 anos.

Em choque por descobrir as dificuldades que o filho enfrentaria por toda vida, Danielli ainda ouviu de uma médica se ela devolveria a criança.""""Como se devolve um filho?”, respondeu para pediatra.

A mãe de coração ainda lembra deste dia com certa tristeza. Ela que tinha esperado por sete anos até realizar o sonho da maternidade e não acreditava no que estava ouvindo. (Quando ela me disse aquilo eu perguntei como se devolvia um filho. Ela desabou a chorar e eu também), contou.

A profissional foi um dos muitos médicos de Campo Grande que a mãe de Walter consultou até descobrir o diagnóstico do filho. Foram dois meses de investigação e muitas visitas a consultórios. Tudo começou quando o bebê tinha 4 meses e teve uma crise de tosse e espirro. Preocupada, a mãe procurou um pediatra que disse que era normal.

Insatisfeita, ela foi a outro especialista que começou a vasculhar toda vida do pequeno. Quando Walter José tinha 6 meses, foi feita uma ressonância magnética que confirmou a esquizencefalia bilateral dos lábios abertos - que é falta de parte da massa cefálica. Segundo Danielli, o problema foi desenvolvido durante a gestação.

A neurologista que cuida da criança informou aos pais sobre as muitas dificuldades que o filho deles enfrentaria como o déficit motor, a epilepsia e o retardo mental. (Eu não acreditei em nada do que ela disse. Eu olho para a ressonância e não vejo meu filho ali. Ele é alegre, esperto e superativo), enfatizou a mãe orgulhosa.

Desde então, Danielli que era professora e trabalhava em três períodos, deixou a carreira de lado para tentar conciliar a educação do filho com a vida profissional. Mesmo com horário mais flexível, ela não conseguiu manter a correria e agora dedica-se exclusivamente ao filho tão desejado. (Agora sou do lar, médica, enfermeira), brincou.

Apesar das dificuldades que passou com o primogênito, Danielli decidiu ter mais um filho quando Walter José tinha 2 anos. Para evitar surpresas futuras, ela fez algumas escolhas na segunda (gestação). Primeiro, queria uma menina e, segundo, não queria um recém-nascido.

Seis anos se passaram até aparecer a Ana Vitória, que hoje tem 2 anos, para completar a vida da família. Neste mês, ela completa um ano de aniversário no novo lar. (Eu queria uma criança maior por causa do Walter José), resumiu Danielli.

Apesar da diferença de idade entre eles, Danielli conta que os dois são um (grude) e morrem de ciúmes um do outro. (Quando deixo a Ana Vitória na escolinha, ela desce do carro e fala para ele: tchau amor), revelou a mãe coruja.


Walter José foi gerado em Altamira, no Pará, e logo nos primeiros dias de vida viajou 2.770 quilômetros até Campo Grande. Danielli ficou sabendo da situação daquele que seria seu primeiro filho através de uma tia que viajou até a cidade paraense.

Ao saber da novidade, Danielli não teve dúvidas. (Pedi para minha tia comprar comida para a mãe porque ela era bem pobrezinha. Ela era nova e já tinha outras crianças), pontuou. Tudo já estava preparado para recepcionar Walter José. O parto que estava previsto para o dia 20 de março acabou acontecendo nove dias antes.

Quando chegou as boas novas, foi a maior correria para colocar tudo em ordem e viajar até Altamira. (Foi num sábado, meu marido trabalhava em Corumbá e teve que vir correndo enquanto eu trocava as passagens), pontuou.

Os pais de Walter José chegaram dois dias depois do nascimento e o encontro foi no aeroporto. (Era a coisa mais linda, um presente que não acreditava que iria conseguir), relembrou. Só esperaram a audiência com o juiz para irem para casa. Danielli ainda teve a preocupação de consultar um pediatra sobre a viagem de avião para o bebê.

Dois anos depois, o casal decidiu aumentar a família. Entraram mais uma vez na fila de adoção. Desta vez a gestação foi na capital sul-mato-grossense. Diferente do primeiro filho, Danielli decidiu não conhecer o passado de Ana Vitória. (Não quis saber da história para não ter de mentir para ela lá na frente), afirmou a mãe sobre a curiosidade da filha quando crescer.

A certidão de nascimento de Ana Vitória já com o sobrenome dos pais de coração ficou pronta na semana passada. Agora os quatro estão em Santa Catarina para conhecer parte da família materna. (Assim como fiz com Walter José, agora estou levando a Ana Vitória para que ela saiba que tem bisavó), enfatizou.

Desde cedo, Danielli conta historinhas para Ana Vitória sobre seu (nascimento). (Já converso com ela sobre isso. Eu digo que ela nasceu do amor da mamãe, do papai, do maninho, do vovô, da vovó. Não tem como esconder), disse.

E a história da família de Danielli não para por aí. Ela ainda quer mais um filho para deixar a família completa. (A gente se desespera igual, ama igual, se preocupa igual. Mas eu ainda quero mais um), revelou.

Fonte: G1.com

Deficiente Saúdavel Notícias

Compartilhe essa notícia

SEDE CEJAM

Rua Dr. Lund,41, Liberdade, São Paulo, 01513-020
(11) 3469 - 1818

INSTITUTO CEJAM

Rua Dr. Lund, 41, Liberdade, São Paulo, 01513-020
(11) 3469 - 1818

Prevenir é viver com qualidade!

O CEJAM quer ouvir você!
O CEJAM quer ouvir você!
Fechar
Escolha o que deseja fazer...
Informação
Denúncias
Elogio
Reclamação
Solicitação
Sugestão
Escolha uma opção...
Colaborador
Paciente
Ética, Complaice e Governça
Proteção de Dados-DPO
Redirecionando...
Voltar...
Contate a equipe de
Proteção de Dados (DPO) do CEJAM
Clique para enviar um e-mail.