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19 de Maio de 2017
Você aceitaria uma criança deficiente, com HIV, filhos de usuários de drogas ou abusada? Essa pergunta difícil é feita durante a triagem para o processo de adoção. E essas duas mães disseram sim.
Mais do que adotar uma criança sem família, elas foram além: escolheram adotar quem tem algum tipo de deficiência. O amor incondicional sem colocar a vaidade e a perfeição em primeiro lugar junto a vontade de construir uma família sem os pré-requisitos exigidos pela sociedade foram essenciais para enfrentar qualquer dificuldades por duas mães entrevistas por A Tribuna On-line.
""Quando ligaram para nós falando da adoção e já avisaram que a bebê tinha uns probleminhas"", disse Viviane Aparecida Blanco Pereira, de 42 anos, mãe de Laís, que hoje tem dois anos. A menina quando foi adotada apresentava quadro de dermatite atópica e surdez congênita, por conta da sífilis da mãe biológica.
Segundo Viviane, Laís já tinha passado em vários médicos e receberia do Governo um aparelho auditivo, entretanto, a crença da família de Viviane foi mais forte e Laís foi curada sem precisar passar por tratamento.
Viviane e o marido sempre tiveram vontade de adotar, mesmo tendo dois filhos biológicos Diego, de 24 anos, e Yan, de 17. O casal queria uma menina e entraram na fila do processo de adoção. Porém, quando ela menos esperava, engravidou de Lorena, que hoje tem cinco anos. Mesmo conseguindo engravidar de uma menina, o casal não desistiu da possibilidade de adoção. Anos depois, surgiu a oportunidade de adotar a Laís. (Hoje, as duas são unidas e muito amigas), enfatizou a mãe. (Para a medicina, ela não voltaria a ouvir sem a ajuda do aparelho, mas nós somos de uma igreja evangélica e lá nós a apresentamos em um altar. Acreditamos nas orações e quando voltamos ao médico, ela já estava ouvindo), conta emocionada.
Queriam uma menina
Foi amor à primeira vista
Gisele Sobral Araújo, de 45 anos , também já tinha uma filha biológica quando resolveu adotar outras crianças. Ela começou em um trabalho voluntário e foi cuidar de uma menina que estava hospitalizada e precisava de cuidados. ""Desde o começo, percebi que se ficasse cuidando dela, iria tê-la sempre comigo"".
A criança, que na época tinha 4 anos e vivia internada, tratava de uma tuberculose. (Me disseram que eu tinha que ficar com ela por seis meses, que era o tempo necessário para a cura, e depois teria que devolvê-la. Sabia que isso não iria dar certo e perguntei sobre a possibilidade de adoção). Após muita conversa com a assistente social, ela conseguiu a guarda definitiva de Ana Meire, que hoje está com 16 anos.
No meio do tratamento, Gisele descobriu que Ana tinha mais cinco irmãos. Na época, ela levou todas as crianças para passar um feriado juntos com sua família. Nesse meio tempo, uma das irmãs, Anelise, ficou muito doente.
Deficiência
A menina tinha os dentes podres e estava fraca. Gisele correu às pressas ao hospital para ajudá-la. Na ocasião, a médica pediu para que alguém a acompanhasse até a sua melhora. ""Pensava que Deus ia preparar uma família para ficar com ela, mas os planos dele eram outros, e nós a adotamos"". Anelise tem 15 anos e Meire 16. As outras irmãs das meninas foram adotadas por pessoas próximas à família de Gisele e sempre que podem juntam a família toda.
Diferente da Viviane, Gisele só descobriu a deficiência de suas filhas depois de algum tempo. ""Eu via que a Ana Meire tinha dificuldade para entender as coisas. Ela não sabia o que era uma caneta, por exemplo, mas mesmo assim os médicos diziam que isso iria passar"", relata.
As meninas, que já faziam tratamentos com psicólogos e fonoaudiólogos, há 6 anos, só tiveram um diagnóstico bem mais tarde. De tanto correr atrás, a família descobriu que elas possuem deficiência mental moderada. Já, Ana Meire também possui autismo. ""Deus nos dá força para superar tudo isso. Somos uma família muito feliz"", diz Araújo.
Sempre cabe mais um
E quando o coração é grande, sempre cabe mais um. Mesmo com as duas meninas, a família de Gisele resolveu adotar mais uma criança: o João, que hoje tem 11 anos, convive com a família há 8.
A filha biológica de Gisele, a educadora social Gisleyne Araújo trabalhava em um abrigo e comentou que o sonho de seu pai era ter um menino. ""Assim que cheguei ao meu trabalho, o João tinha acabado de entra para adoção. Então, decidi levá-lo para casa porque achei ele muito semelhante ao meu pai"", comentou.
Emocionada, Gisele resume a sua família como um lar fraterno. ""A gente diz que filho biológico é gerado dentro da gente e o adotivo dentro do nosso coração. Mas, o amor é o mesmo"", finalizou.
Fonte: A Tribuna
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