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12 de Novembro de 2019
parcela da população brasileira com alguma deficiência intelectual, motora, visual ou auditiva passou de 14% em 2000 para 24% em 2010, totalizando 45,6 milhões de pessoas, segundo estimativas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), em parceria com a Toluna, realizou um estudo sobre os hábitos de compra da população que possui algum tipo de deficiência. Foram analisados os fatores que levam esse público a consumir, os aspectos que mais prezam em suas compras, as principais barreiras que os impedem de ter uma experiência de compra “muito boa” e a presença do varejo digital no cotidiano da população.
Para esse consumidor, comprar online já é uma realidade: 37% são consumidores que compram mensalmente, e 23% quinzenalmente. O consumo por meio de smartphones (46%) está em um patamar próximo a computadores (50%) e tablets (4%).
“Pelo tamanho que essa parcela da população representa, é importante o varejo entender cada vez mais esse consumidor e buscar soluções para esse público. É preciso investir na experiência de compra, consequentemente em treinamento dos funcionários e, principalmente, na acessibilidade das lojas”, afirma Eduardo Terra, presidente da SBVC.
O estudo revelou que o consumo relacionado a itens básicos é feito com mais frequência: 61% dos entrevistados costumam ir semanalmente a redes de supermercados e 37% afirmam consumir mensalmente em drogarias e farmácias. 29% do público costuma ir mensalmente a shoppings centers em busca de itens ocasionais de compra, e 21% afirmam frequentar eventualmente esse canal.
“Supermercados, drogarias e farmácias são utilizados como canais de reposição de itens básicos, de forma concomitante e às vezes concorrente. A conveniência é um aspecto muito relevante na decisão de compra do público”, afirma Terra.
De modo geral, os consumidores afirmam que a experiência de compra oferecida pelo varejo é bastante positiva: 72% dos frequentadores de supermercados e 73% dos que vão a shopping centers apreciam a experiência — somando as avaliações “muito boa” e “boa”.
Farmácias e Drogarias oferecem a melhor experiência a esse consumidor: 74% sentem que sua jornada de compra nesse tipo de loja é positiva.
Dificuldade de acesso à loja, corredores estreitos, escadas e degraus, altura das gôndolas e dos caixas são aspectos que atrapalham a experiência de compra, pois dificultam o deslocamento pelo cliente e a finalização bem-sucedida da compra.
“Apesar do consumidor citar a acessibilidade das lojas como ponto negativo, ainda assim, esses consumidores avaliam às lojas de maneira positiva, dando nota 7,5 ao atendimento”, ressalta Terra.
O estudo entrevistou 892 consumidores em todo o país, e teve como objetivo quantificar aspectos relacionados aos hábitos de compra da população com algum tipo de deficiência física, com especial interesse na comparação entre lojas físicas e online.
Dos respondentes, 76% são familiares ou amigos, responsáveis por auxiliar a pessoa com deficiência física em suas compras. Dentre as deficiências pesquisadas, 44% apresentam deficiência nas funções motoras inferiores, 24% têm deficiência visual, 20% possuem deficiência auditiva e 12% apresentam deficiência nas funções motoras superiores.
O estudo está disponível no site
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Fonte: E-commerciobrasil
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