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08 de Junho de 2015
Um programa de acolhimento a deficientes vítimas de violência, que teve início em Bauru (SP), tem dado qualidade de vida a essas pessoas e já é exemplo em outras cidades. A residência inclusiva é um espaço onde os deficientes que não têm apoio da família aprendem e dividem tarefas do dia a dia. Alguns, inclusive, trabalham fora e já sonham com uma vida independente. (Eles estão me preparando para o futuro lá fora. Eu acho que vai ser uma experiência nova de ter minha própria casa, de poder ter minha independência), conta Vanessa Ferreira de Ataíde.
A jovem nasceu com uma deficiência intelectual e foi vítima de violência. (O que me deixava triste é que ele batia em mim e nos meus irmãos. Meu pai me batia sem motivo, ele bebia. Tinha vez que ele batia na minha mãe e a gente ficava no meio), lembra. Só nos últimos dez meses foram registrados no Estado de São Paulo cerca de onze mil casos de violência contra pessoas com deficiência. São situações que envolvem maus-tratos, negligência e agressões praticados por cuidadores e principalmente familiares das vítimas. Os números saltaram depois que a polícia começou a identificar nos boletins de ocorrência a condição de deficiência das vítimas, segundo o delegado Luiz Bertozzo. (Se isso for identificado de imediato nós já temos como verificar o que está causando essa violência ou essa condição de vítima nas pessoas com deficiência. O que a gente percebe é que está dentro do padrão das demais ocorrências, com essa assinalação nos permite ter um retrato mais exato e fazer o aprimoramento necessário), explica o delegado. O projeto da Residência Inclusiva começou em Bauru em 2007 e virou modelo, segundo a diretora técnica regional de Desenvolvimento Social do Estado, Maria Moreno Perrone. (A maioria dos casos são encaminhados para a casa pelo Ministério Público. Onde o acolhimento é feito e a equipe multidisciplinar com psicólogo, assistente social, terapeuta ocupacional trabalham diariamente). Atualmente, são sete residências no estado. Cada uma abriga no máximo dez moradores. O projeto é mantido graças a uma parceria entre Estado, município e APAE. Na casa, os deficientes que já foram vítimas de violência doméstica ou que não têm condições de se sustentar dividem o espaço e os afazeres domésticos. É uma espécie de república que conta com a supervisão de uma equipe multidisciplinar. (A equipe técnica trabalha a rotina dos residentes aqui. Eles acordam, preparam o café, organizam a residência deles como é feito em casa. Alguns são inseridos no mercado de trabalho. A terapia ocupacional treina como pegar ônibus para ganhar autonomia para ir trabalhar e voltar sozinho), explica o coordenador do serviço de acolhimento Roberto Franchestti Filho. Segundo o último censo do IBGE, quase 24% da população brasileira, ou seja, 45 milhões de pessoas, disseram ter algum tipo de deficiência. São pessoas que apresentam maior ou menor grau de dificuldade intelectual, visual, auditiva ou motora.
Fonte: G1.com
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