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17 de Junho de 2015
O estudante de Engenharia Ambiental Renato Tadeu Rodrigues, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), recebe na quarta-feira (17), a partir das 16h, o Prêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia, em solenidade no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), em reconhecimento pelo projeto de um aplicativo para facilitar o acesso de pessoas com deficiência a diversas fontes de conhecimento.
(Basicamente, o aplicativo Leva e Traz vai promover um intercâmbio entre pessoas que detenham um conhecimento específico e outras que queiram saber sobre esse conteúdo), explica Rodrigues, vencedor do prêmio na categoria Estudante Universitário. (Quem tem deficiência acaba utilizando plataformas voltadas ao público geral, mas, nesse projeto, a ideia é o inverso: a ferramenta se destina a deficientes físicos, embora qualquer indivíduo possa aproveitar o serviço para se informar acerca de ciência e inovação).
A plataforma projetada pelo universitário visa possibilitar o compartilhamento de áudios, fotos, vídeos e relatos em texto a respeito de congressos científicos, exposições, museus e outras fontes de conteúdo científico, em mídias adaptadas a usuários com deficiência auditiva, locomotora ou visual. Os (multiplicadores do conhecimento) seriam estudantes de iniciação científica, pesquisadores, professores ou qualquer pessoa que se proponha a dividir informações de eventos ou estudos com quem tenha dificuldade de acesso.
Divulgação
Rodrigues aplicou na plataforma o tema desta edição do Prêmio Mercosul, (Popularização da ciência), por considerar que a população precise se aproximar do conteúdo gerado dentro de laboratórios e universidades.
(Uma das coisas que eu quis deixar claro no meu projeto é a questão da humanização da ciência, já que eu noto que na sociedade em geral as pessoas tendem a não gostar do assunto, porque elas acham que se trata de algo muito distante da realidade delas), diz. (Depois que comecei a ter contato direto com pesquisadores de todas as áreas, eu notei que a ciência realmente está próxima da gente. Isso que eu quis mostrar, esse lado mais humano da ciência, para que a população perceba que ela não é um bicho de sete cabeças).
Na opinião dele, colegas envolvidos com iniciação científica precisam deixar de restringir seus estudos ao circuito entre aluno e professor. (Eles poderiam colocar em ferramentas como o aplicativo Leva e Traz parte do conhecimento), sugere. (Se você estuda doenças cardíacas, por exemplo, pessoas com algum problema no coração poderiam, por meio da plataforma, ter uma noção de como estão os avanços na área, além de tirar dúvidas sobre a pesquisa).
Fonte: MCTI
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